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fábricas

VW do Brasil implementa programa global de Gestão Ambiental

O Zero Impact Factory, novo programa ambiental da Volkswagen, prevê a redução do uso de recursos nas fábricas e a neutralidade climática até 2030. A iniciativa anterior – o Think Blue.Factory – passa a fazer parte da nova estrutura.

Por meio do programa, a VW espera obter mais eficiência ambiental e energética, com foco na neutralização de CO2 e ações ecologicamente corretas. No Brasil, a meta é reduzir o impacto ambiental para produção em 30% até 2025 (em comparação com 2010).

O Zero Impact Factory direciona a empresa ainda mais para o caminho da sustentabilidade como estratégia de manutenção do negócio, tornando-a neutra em termos climáticos em um futuro próximo. Isso significa atenção não apenas aos produtos comercializados pela Marca, mas também às fábricas e instalações de produção.

O programa Zero Impact Factory se desdobra em três etapas:

1

Evitar - O primeiro passo é evitar o impacto ambiental o máximo possível desde o início, projetando novos processos mais eficientes.

2

Substituir - Em segundo lugar, reduzir efetivamente o impacto ambiental, adotando o uso de energias sustentáveis e materiais recicláveis, por exemplo.

3

Compensar - O terceiro passo são as ações para compensar os impactos causados ao meio ambiente pelas emissões de CO2.

Como a maior fabricante de automóveis do País, a Volkswagen tem uma enorme responsabilidade em relação aos clientes, à sociedade e ao meio ambiente. Por isso, adota um sistema de gestão de compliance ambiental e de energia (SGCAE) para todas as atividades nas fábricas. Ele garante que a má conduta ambiental, a negligência deliberada ou o engano sejam tratados como uma violação da regra.

O SGCAE é a mais nova etapa dentro do Sistema de Gerenciamento Ambiental e de Energia (SGAE), implementado há anos nas unidades fabris. O novo aspecto é o “C”, isto é, o tópico de compliance, a conformidade com as normas da empresa. Uma abordagem voltada para prevenção, alinhada à Transformação Cultural corporativa.

Sustentabilidade ambiental

Como parte de uma estratégia global do Grupo VW (Go To Zero), o programa Zero Impact Factory é significativamente mais complexo que seu antecessor. Além de tratar do uso de recursos e das emissões, ele tem novos objetivos, como a biodiversidade, uso de veículos comerciais de baixa emissão de carbono e ações ecologicamente exemplares. 

São temas que mostram como a conscientização ambiental mudou na sociedade nos últimos anos e o impacto que essa mudança teve sobre a percepção de grandes indústrias, como a Volkswagen.

Quatro áreas de assunto definem o caminho da VW:

Mudança climática

e o novo objetivo de neutralizar as emissões de carbono. Isso envolve ainda mais eficiência energética, integração de energias renováveis e a compensação adicional de CO2.

Eficiência de recursos

com os objetivos associados à iniciativa anterior, Think Blue. Factory, que ainda se aplica. Ela ainda é uma tarefa comum a ser cumprida.

Ecossistemas locais

com temas que vão muito além da otimização de indicadores anteriores. Semelhante à declaração de missão ambiental da Marca, cujo foco é o impacto local dos veículos, as ações são direcionadas no efeito regional das fábricas.

Conformidade ambiental

e abordagem de como os riscos ambientais podem ser completamente evitados e reduzidos. A empresa expandiu a metodologia do sistema de gestão ambiental anterior, bem como os aspectos relevantes à conformidade.

Anchieta: investimento
na Estamparia e entrada do Nivus na linha de produção

A fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), que produz o Polo, o Virtus e a Saveiro, incorporou o Nivus em sua linha de produção em 2020. Foram adquiridos 419 novos equipamentos para a fábrica, sendo 90 robôs – parte deles com a tecnologia de ponta VASS6, alinhada à Indústria 4.0 –, e ampliados mais de 24 mil metros quadrados de área, totalizando cerca de 105 mil metros quadrados na unidade.

A área de Estamparia recebeu em 2020 a Prensa “Extra Large” (PXL) capaz de ampliar a produção de peças em até quatro vezes por minuto, além de reduzir custos em função da eficiência energética dos equipamentos. O investimento para este projeto de modernização da produção vem dos R$ 2,4 bilhões direcionados para as fábricas paulistas, já anunciados, e que estão inseridos dentro da rodada de R$ 7 bilhões.

A PXL alcança, em média, 7,1 ciclos por minuto, chegando a 3,4 mil peças em um turno de produção e sua força máxima de estampagem é de 2,1 mil toneladas. Essa instalação permite que o processo de produção da fábrica Anchieta tenha o mesmo padrão de tecnologia e qualidade disponível no Grupo VW mundialmente.

O equipamento e suas instalações foram planejados em total sinergia com as recomendações dos Princípios Ambientais do Grupo Volkswagen. Isso coloca o projeto dentro das práticas exigidas mundialmente pela VW. Os benefícios ambientais incluem: redução do consumo de energia (7 mil MWh por ano), de resíduos (até 60% menos), água (30%), emissões de CO2 no transporte interplantas (diminuição de 45% / Base – GHG Protocol, método para quantificar e gerenciar as emissões de gases de efeito estufa) e óleo.

No caminho da sustentabilidade ambiental, a unidade substituiu boa parte da iluminação interna e externa por lâmpadas de LED. A implementação da prensa PXL e de novos motores com maior eficiência energética permitiu reduzir a demanda de energia.

A destinação zero de resíduos para aterro foi outro índice que contribuiu significativamente para a performance ambiental da Volkswagen do Brasil. Com essa ação, a unidade deixou de enviar resíduos produtivos para aterros, colaborando com o meio ambiente.

Fábrica Digital

Em função da grande complexidade logística e com o objetivo de assegurar fluxos e processos seguros para os operadores envolvidos, a Volkswagen do Brasil utilizou a Fábrica Digital no planejamento da instalação da prensa PXL. Dessa forma, com simulações virtuais foi possível otimizar e obter informações sobre possíveis gargalos, interrupções e número de recursos humanos, bem como otimização do layout e espaço para armazenagem de materiais necessários ao projeto.  

Na área da Montagem Final, dentro do conceito de Indústria 4.0, a fábrica Anchieta deu início à automatização da operação que realizava manualmente o aperto dos parafusos de suporte do Powertrain com um manipulador. Atualmente, esse procedimento é realizado por um robô, tornando o processo mais robusto e seguro. A unidade também desenvolveu o Digital Thinking com projetos como a Biblioteca Digital, que permite a consulta de manuais de equipamentos e procedimentos a partir do celular via QR code.

Em 2020, a fábrica Anchieta ficou no Top 5 das unidades mais eficientes do mundo. Para 2021, a meta estabelecida pela equipe é atingir o TOP 3 do programa Race4Performance, projeto mundial da Marca que mede os principais indicadores fabris.

Laboratório de
Protótipo Virtual

Em um projeto 100% digital, nenhum protótipo físico foi desenvolvido para o VW Nivus, considerando os mercados sul-americano e europeu. Para efeito de comparação, no passado eram utilizados até 70 protótipos físicos. Com isso, só no Laboratório de Protótipo Virtual houve uma economia de 65% de custos em relação a projetos anteriores e, em função da tecnologia, foi possível que mais de 70% das simulações ocorressem no Brasil virtualmente (Exemplo: segurança veicular, acústica, plataforma e outros).

Foram produzidas 138.101 unidades na PU Anchieta em 2020, sendo:

Saveiro 30% (41.146 unid.)

Polo 27% (37.888 unid.)

Virtus 27% (36.756 unid.)

Nivus 16% (22.311 unid.)

A distribuição comercial em 2020 ficou em:

0 %
Para o mercado nacional
0 %
Para exportação

Taubaté: alta performance alinhada à sustentabilidade

As cinco Batalhas, que são linhas de atuação da Volkswagen do Brasil (5 Must Win Battles: Transformação Cultural, Ofensiva de Produtos e Inovação, Processos Eficientes, Proximidade com as Pessoas e Resultados Sustentáveis) foram intensamente conduzidas na fábrica de Taubaté (SP), no vale do Paraíba, que criou um plano de ação e um time estruturado para atuar em cada um dos temas. Os avanços foram contabilizados na mudança de cultura, com uma pauta voltada para a diversidade e 100% dos líderes treinados em Gestão Financeira. Foram implementados ainda 17 projetos da Indústria 4.0 e 12 projetos de desburocratização.

Em 2020, a unidade de Taubaté obteve a aprovação para implantar a Plataforma MQB e está realinhando as atividades técnicas para receber o novo projeto. Dentro da contenção de custos, a equipe obteve êxitos na automatização de processos, aproveitando equipamentos que estavam sem uso em outras PUs (Unidades de Produção), conseguindo melhorar a robustez dos processos da Armação e, consequentemente, do produto.

Considerando as metas estabelecidas para 2020, Taubaté se manteve na liderança dos indicadores de performance: segunda fábrica do Grupo VW em Custo de Fabricação, primeira no programa Fit for Finish (F4F), sobre tecnologia de produção, e a segunda em HPU (horas de trabalho por produtividade).

Ao longo do ano, foram lançadas mais de 100 medidas para redução do consumo de energia elétrica e gás natural, garantindo equilíbrio econômico, ambiental e social, dado o contexto de crise hídrica e energética que o Brasil vem enfrentando. Importante considerar também a diminuição de resíduos enviados para aterro. A fábrica otimizou sua forma de coleta e segregação, caminhando, assim, rumo ao índice de aterro zero.

Foram produzidas 121.025 unidades na PU Taubaté sendo:

Gol (90.373 unid.)

Voyage (27.098 unid.)

up! (3.554 unid.)

A distribuição comercial em 2020 ficou em:

0 %
Para o mercado nacional
0 %
Para exportação

O decano do time:
40 anos do Gol

A fábrica de Taubaté está diretamente ligada à história do Gol. A unidade foi responsável pela fabricação de mais de 5 milhões de unidades do modelo, o que representa mais de 70% do total produzido. Em 2020, o Gol completou 40 anos.

Taubaté iniciou as atividades em 1976 com a produção de peças para a Kombi e o Fusca. Dois anos depois, a fábrica começou oficialmente a produção de veículos com a montagem em série do Passat e já contava com cerca de 1.600 empregados. Mas, foi em 1980 que a fábrica abriu caminho para uma nova fase no setor automotivo, marcada pelo início da produção do Gol Geração I com motor 1.3.

O primeiro marco de 1 milhão de unidades produzidas aconteceu em 1990. Três anos depois, a fábrica recebeu investimentos de US$ 200 milhões visando a modernização e o treinamento para a produção do Gol Geração II e se tornou a primeira fábrica de automóveis da América do Sul a receber o Certificado Internacional de Qualidade ISO 9001. 

O Gol Power 1.6, apresentado em março de 2003, foi o primeiro automóvel Total Flex do Brasil capaz de rodar com gasolina, etanol ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção.

Com todos estes investimentos e conquistas, o Volkswagen Gol se tornou o carro mais produzido no Brasil (8.532.771 unidades), o mais vendido (6.952.153 unidades) e o mais exportado (1.515.305 unidades), embarcado para 69 países. Ele é também o veículo nacional que permaneceu por mais tempo como líder de vendas no País: 27 anos consecutivos.

São José dos Pinhais: T-Cross acelera a produção na fábrica

O primeiro SUV produzido pela Volkswagen no País elevou o patamar de tecnologia e infraestrutura da fábrica de São José dos Pinhais. O T-Cross completou um ano de produção em 2020 angariando conquistas para a unidade no Estado do Paraná.

Os investimentos na ordem de R$ 1,4 bilhão feitos na época para produzir o T‑Cross trouxeram resultado. Líder em vendas no segmento SUV no Brasil em 2020, com 60.124 unidades emplacadas no ano, o T‑Cross atingiu também o topo do ranking anual de vendas da categoria na Argentina (9.779 unidades).

Alta tecnologia e processos automatizados da fábrica da VW em São José dos Pinhais, bem como empregados treinados e baseados nas diretrizes da Alemanha, garantiram a qualidade do SUV presente em mais 26 países como Argentina, México, Aruba, Bahamas, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Curaçao, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, St. Marteen, Uruguai, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Madagascar, Sudão, Líbia e Ruanda.

Em 2020, a unidade passou por readequações na linha de produção e extinguiu a plataforma A01, do Audi A3 Sedan, que deixa de ser fabricado pela unidade, possibilitando um ganho de quase 10% na produtividade do SUV. Em tempo recorde, mesmo com o impacto da pandemia, a equipe conseguiu fazer as adaptações necessárias ao Fox para cumprir a legislação que entrou em vigor no início do ano e implantou o terceiro ponto do cinto de segurança no banco traseiro no modelo.

Cada vez mais, a unidade paranaense busca ser referência em qualidade, sustentabilidade e inovação na produção de veículos. A unidade tem zero resíduo consolidado desde 2018 e está focada agora no consumo de energia, modernizando todo o parque de lâmpadas convencionais para LED e utilizando motores de melhor eficiência energética.

Na Indústria 4.0, o uso de câmeras para rastreamento, a eliminação do papel para documentação (paperless) e a inauguração do Innovation Hub colocaram a fábrica na rota da Digitalização e da sustentabilidade.

São José dos Pinhais conquistou o 4º lugar na competição Race4Transformation 2020, fechando o ano no ranking das seis melhores fábricas da marca Volkswagen no mundo. A competição global acompanha mensalmente os principais indicadores de produção, entre os quais qualidade, produtividade e horas de trabalho por veículo fabricado.

Foram produzidas 88.209 unidades na fábrica de São José dos Pinhais sendo:

Audi (1.361 unid.)

Fox (12.182 unid.)

T-Cros (74.666 unid.)

A distribuição comercial em 2020 ficou em:

0 %
Para o mercado nacional
0 %
Para exportação

"Nossos desafios foram preparar e adaptar a fábrica para garantir a segurança e saúde de nossos empregados seguindo as recomendações da Volkswagen, com várias medidas protetivas, distanciamento social e higienização contínua dos espaços e dos empregados."

Cesar Drazul

Gerente Executivo da Fábrica São Carlos

São Carlos: destaque em
Eficiência de Montagem

Em 2020, a Volkswagen do Brasil alcançou o marco de 20 milhões de motores produzidos, 12 milhões deles foram fabricados na unidade de São Carlos (SP).

A fábrica de motores tem um importante papel dentro da estratégia da Nova Volkswagen. Além de atender ao mercado interno, com produtos versáteis, de alta qualidade e eficiência, tem um perfil exportador, tanto das peças como em componentes.

Com tecnologia de ponta, alinhada aos padrões mundiais da VW, a unidade de São Carlos conquistou o terceiro lugar na categoria Eficiência de Montagem dentre as unidades de Componentes do Grupo Volkswagen. As principais ações, para receber esse destaque, foram a eliminação de desperdícios de movimentação e a otimização do processo de transporte de dispositivos.

Logo no início do ano, a fábrica de motores VW inaugurou uma linha de usinagem de virabrequim EA211, dobrando a capacidade de produção do componente e reduzindo os custos. A unidade conseguiu ainda elevar o índice de VDA 6.3 da fábrica para 92% de atendimento, por meio da certificação de auditores especializados em produto e processos.

Na Indústria 4.0, houve investimentos para otimizar os processos de rastreabilidade e monitoramento da produção nas linhas de montagem, garantindo maior acuracidade nas informações de produção com a finalidade de buscar continuamente melhorias na resolução de problemas.

Na gestão ambiental, a execução de ações para reduzir o consumo de energia resultou em uma economia anual de 900 MWh com a meta de resíduos atingida.

A fábrica de São Carlos é responsável pela produção dos propulsores da família EA211 nas versões 1.0l MPI, 1.6l MPI, 1.0l TSI e 1.4l TSI, que equipam os modelos Nivus, T‑Cross, Polo, Virtus, up!, cross up!, Gol, Voyage, Saveiro Cross, Jetta e Tiguan. Em São Carlos, também é fabricado o consagrado EA111 1.6l, presente nos modelos Gol, Fox, Voyage e Saveiro. Para o mercado brasileiro, todos os produtos recebem a tecnologia bicombustível Total Flex. Para o mercado externo, são produzidos motores a gasolina. 

0
Motores produzidos em 2020

PAC: 100% de energia
incentivada renovável

O Centro de Distribuição de Peças e Acessórios (PAC) da Volkswagen, em Vinhedo (SP), foi a primeira unidade da empresa a operar com 100% de energia incentivada renovável: solar, eólica, biomassa ou pequenas centrais hidrelétricas.

A migração, além dos ganhos financeiros, também ajuda a preservar o meio ambiente e garantir um consumo ainda mais sustentável, duas premissas da Política Ambiental e de Energia da Volkswagen do Brasil. A economia no custo com eletricidade em 2020 chegou a 6% (de julho, quando foi concluída a migração, a dezembro). Nos próximos cinco anos, a expectativa é que haja uma economia acima de 40% no custo de energia elétrica e uma redução significativa no impacto ambiental.

Outro ponto interessante da migração ao mercado livre é que a energia não utilizada em um determinado período pode ser vendida de acordo com a demanda.

"A busca constante pela eficiência ambiental, em todas as nossas atividades, é uma das premissas de nossa Política Ambiental e de Energia. No caso de Vinhedo, identificamos uma excelente chance de que a geração de energia fosse 100% incentivada. Essa ação alinha ganhos ambientais e financeiros. Nas demais fábricas produtivas também trabalhamos com 100% de eletricidade renovável proveniente de fonte hidráulica. Para os novos contratos a partir de 2021 incluímos o percentual de 10% de energia incentivada, o que representa cerca de 2% da energia elétrica total."

Marcio Lima

Supervisor – Gestão Ambiental

Produzir de forma sustentável em uma fábrica ambientalmente eficiente

(GRI 103-2, 103-3)

A Volkswagen do Brasil tem o compromisso com a melhoria contínua do Sistema de Gestão e do desempenho ambiental e energético para alcançar a compatibilidade entre seus processos, atividades, produtos e serviços e o meio ambiente, assim como com a redução do uso dos recursos naturais e de energia, visando à preservação do meio ambiente, à prevenção dos danos ambientais e ao uso e consumo eficaz de energia, por meio do cumprimento da legislação e demais normas ambientais e de energia vigentes, principalmente, as que tratam de geração de emissões atmosféricas, uso e descarte de água, manipulação de materiais perigosos, disposição final de resíduos perigosos e uso e consumo de energia.

Como meta, a VW possui a iniciativa global Think Blue. Factory, com o objetivo de obter, até 2025, uma redução de 30% por unidade produzida (com base nos dados de 2010) dos cinco principais indicadores ambientais relacionados à fabricação de veículos: consumo de energia, consumo de água, geração de resíduo, emissão solventes e CO2.

A gestão dos dados de consumo desses cinco indicadores é feita periodicamente, com objetivos mensais definidos. A empresa possui um sistema on-line de gerenciamento de ações, que permite acompanhamento constante da quantidade de ações, os ganhos previstos e o cronograma de implantação, sendo possível gerar dados, fazer benchmarking e pesquisar ações implementadas em outras fábricas do Grupo VW.

Think-Blue-FactoryMaior

Anualmente, todos os indicadores ambientais são reportados para a matriz alemã, avaliados e passam por auditoria externa de organismo verificador. De tempos em tempos, a própria matriz envia auditores externos para completa verificação de todos os dados reportados para o Programa Think Blue. Factory.

Em 2020, o principal destaque foi a redução dos resíduos enviados para aterro, que passou de 3,6 kg/veículo para 1,2 kg/veículo. A Volkswagen do Brasil tem duas fábricas com aterro zero – em São José dos Pinhais e São Bernardo do Campo – onde 98% dos resíduos são reaproveitados e menos de 2% vão para aterro.

Think Blue. Factory – Desempenho Volkswagen do Brasil
20102011201220132014201520162017201820192020Meta
2021
Energia
(MWh/veículo)
1,21,11,11,31,31,51,71,51,41,31,61,2
Água
(m3/veículo)
3,63,133,43,23,53,72,82,62,63,12,7
Resíduos
(kg/veículo)
8,89,48,798,17,19,45,34,93,61,24,9
CO2
(kg/veículo)
11910012115617619611910410110011996
Solventes
(kg/veículo)
6,15,75,15,23,944,44,14,53,73,84,3

Avaliação dos Sistemas de Gestão Ambiental e de Energia

As fábricas da VW do Brasil – Anchieta, Taubaté, São Carlos, no Estado de São Paulo; São José dos Pinhais, no Paraná – foram recertificadas no sistema ISO14.001:2015 pela auditoria externa do organismo certificador DQS. Também em 2020, as fábricas receberam a recertificação ISO 50.001, pelo mesmo organismo, sendo que as unidades Anchieta, Taubaté e São José dos Pinhais já realizaram a migração para a versão 2018 da norma. A migração da fábrica São Carlos está prevista para o início de 2021.

A Norma ABNT ISO 14.001 tem como finalidade principal implementar requisitos para o sistema de gestão ambiental. Temas como preservação do meio ambiente, educação ambiental e sustentabilidade fazem parte dos requisitos. Aderir ao certificado ISO 14.001 é considerado um reconhecimento internacional aos padrões implementados e mantidos. Adotar atos conscientes voltados ao meio ambiente é uma necessidade mundial e, para se adequar à norma, é preciso atender às exigências do mercado e cumprir a missão.

A prova de conformidade com a norma ISO 50.001 demonstra que a empresa é responsável, estabelecendo os sistemas e processos necessários para melhorar o desempenho energético, incluindo a eficiência, uso e consumo. Obter a recertificação é um sinal notório de amadurecimento da gestão pautada nos requisitos dos clientes e também mostra que o dia a dia da empresa é norteado por práticas ideais, com eficiência de todos os processos pertencentes à organização.

O processo de recertificação ocorre no término do ciclo comum de três anos, desde que feitas as auditorias de manutenção anuais obrigatórias. Trata-se de um processo extremamente importante para todas as organizações, refletindo claramente a melhoria contínua do Sistema de Gestão.

"Já conseguimos a migração para a nova versão da ISO 50.001 para as fábricas Anchieta, Taubaté e São José dos Pinhais, sendo a Anchieta a terceira unidade do Grupo Volkswagen e a segunda da Marca em todo o mundo a garantir a certificação."

Rafael Pestana​

Gerente Executivo da área de Engenharia de Manufatura

Intensidade energética1 2 3

(GRI 302-3)
201820192020
Consumo de energia dentro da organização (em GJ)2.198.995,92.370.525,9*1.989.548,1
Consumo de energia fora da organização (em GJ)32.823,325.070,819.584,2**
Consumo de energia total da organização (em GJ)2.231.819,12.315.812,92.009.132,3
Intensidade energética (dentro da organização)4,94,8*5,7
Intensidade energética (fora da organização)0,00,00,0
Intensidade energética (total da organização)5,14,,9*5,8

* Correção dos valores publicados no anuário de 2019.

** Redução de 21,88% em comparação 2019 devido aos dias não trabalhados ou em trabalho remoto por causa da pandemia da Covid-19.

1. Intensidade energética é a razão do consumo absoluto de energia por veículo produzido.

2. Tipos de energia incluídos na taxa de intensidade: energia elétrica, gás natural e diesel.

3. Todos os indicadores derivados de consumos tiveram uma redução no ano de 2020, comparados aos anos anteriores, devido à redução de volume de produção causado pela pandemia da Covid-19. Também em função da pandemia, houve uma redução da produção o que ocasionou um aumento na intensidade energética total da organização.

Energia consumida dentro da empresa (em GJ)1

(GRI 302-1)
201820192020
Combustível de fontes não renováveis (diesel e gás natural)861.246,2952.993,5803.118,2
Energia consumida (eletricidade)1.337.748,71.417.532,41.186.429,9
Total de energia consumida2.198.994,9*2.370.525,9*1.989.548,1

* Correção do valor publicado no anuário de 2019.

1. Todos os indicadores derivados de consumos tiveram uma redução no ano de 2020, comparados aos anos anteriores, devido à redução de volume de produção causado pela pandemia da Covid-19.

Energia consumida fora das fábricas (em GJ)1 2
(GRI 302-2)
201820192020
32.823,2625.070,7919.584,2

1. Os números correspondem às somas dos valores de energia consumidos no escritório financeiro do Jabaquara, em São Paulo, e no Centro de Peças e Acessórios da cidade de Vinhedo.

2. Redução de 21,88% na comparação 2020 – 2019 devido aos dias não trabalhados ou em trabalho remoto por causa da pandemia da Covid-19.

Reduções de consumo de energia em decorrência de melhorias implementadas (em GJ)
(GRI 302-4)
201820192020
Retrofiting de prensas com a Nova PXL na estamparia (Anchieta)10.281,619.051,221.193,0
Automação do sistema de ar condicionado - AHU 1200 - Centro de Comunicação (Curitiba)5.400,08.190,01.685,9
Aluguel de compressores (Taubaté)4.327,23.945,980.899,4
Uso reduzido da torre de resfriamento EA211 em dias não produtivos (São Carlos)3.600,02.128,7810,0
Total26.560,833.315,84104.588,3
Observação: Somente os valores reportados em 2020 são relativos às novas ações inseridas no índice. Destaca-se que os valores de 2018 e 2019 foram corrigidos, mas as respectivas ações a que se referem esses números encontram-se nas edições anteriores do anuário.
Emissões atmosféricas
(GRI 103-2, 103-3)

Na Volkswagen do Brasil, o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) é a ferramenta utilizada para acompanhar as emissões atmosféricas e orientar a gestão do tema. O documento passou por verificação externa em 2018, atestando a confiança dos valores reportados pela montadora e a conformidade às normas e metodologias estipuladas pelo programa GHG Protocol. A verificação é prevista para ocorrer a cada cinco anos.

Direcionado à responsabilidade ambiental e climática, o GHG Protocol é um programa que garante o registro e compartilhamento público dos volumes de emissões de GEE, de modo voluntário, pelas empresas que atuam no País. Mais informações sobre o programa e a consulta dos inventários publicados estão disponíveis no site www.ghgprotocolbrasil.com.br.

Emissões diretas de gases de efeito estufa (tCO2 equivalente) – Escopo 1
(GRI 305-1)
201820192020
Geração de eletricidade, calor ou vapor44.370,1849.069,1545.624,53
Total de emissões brutas de CO244.370,1849.069,1545.624,53

Emissões indiretas provenientes da aquisição de energia – Escopo 2

(GRI 305-3)

Com a definição do uso exclusivo de fontes renováveis para geração de energia elétrica da Volkswagen do Brasil, em 2016 as emissões de CO2 geradas pela eletricidade passaram a ser nulas, o que foi mantido em 2017, 2018, 2019 e 2020.

Outras emissões de gases de efeito estufa – Escopo 3 (tCO2 equivalente)
(GRI 305-3)
201820192020
Transporte e distribuição de materiais e peças9.776,787.751,669.821,03
Viagens a negócios4.619,683.351,88734,12
Transporte de empregados5.247,745.595,355.492,28
Transporte e distribuição de veículos249.476,61295.337,70145.269,64
Total269.120,81312.036,59161.317,07
Redução de emissões de gases de efeito estufa (tCO2 equivalente)1
(GRI 305-5)
201820192020
Reduções provenientes de emissões indiretas da aquisição de energia (Escopo 2)31.715,7929.570,1526.328,58
Total de reduções de emissões de GEE31.715,7929.570,1526.328,58

1. Emissão evitada com o uso de 100% da energia elétrica proveniente de fontes renováveis (PCH + fábricas).

Emissões atmosféricas significativas (t)
(GRI 305-7)
201820192020
NOx80,95115,95102,1
SOx2,940,311,5
Compostos orgânicos voláteis (COV)1.983,171.828,181.287,2

Consumo de água

(GRI 103-2, 103-3)
A identificação de novas oportunidades de reúso da água, com a consequente diminuição da demanda pelo recurso, é prioridade na gestão de consumo de água pela companhia.

Água retirada por fonte (m3) 1 2

(GRI 303-1)
201820192020
Águas subterrâneas61.701,00168.867,13115.976,9
Águas de chuva coletadas674,00229,80183,5
Águas provenientes de concessionária de abastecimento1.007.791,01.082.367,0944.535,0
Total1.070.166,001.251.463,931.060.695,4

1. Para água subterrânea foi considerado o consumo total de São Carlos e o consumo de água subterrânea de Curitiba. Para água de concessionária soma-se os consumos das fábricas Anchieta, Taubaté e Curitiba total.

2. Devido à pandemia em 2020 e seus efeitos como fechamento de fábricas durante alguns meses e redução de produção, os indicadores totais foram fortemente influenciados. Com isso, houve uma redução de 15% no total de água consumida pelas fábricas da Volkswagen do Brasil.

Água reciclada e reutilizada (m3)

(GRI 303-3)
201820192020
Volume total de água reciclada e reutilizada pela organização193.310,04152.580,80134.191,0
Volume total de água retirada0,00,00,0
Percentual de água reciclada e reutilizada 18%12%13%

1. Por causa da pandemia, o consumo de água de reuso foi reduzida em 2020 quando comparado a 2019.

Volume de descarte de água, planejado ou não planejado, por unidade1
(GRI 306-1)
UnidadeVolume destinação (m3)Método de tratamento
Anchieta916.432,0Tratamento físico-químico da água
Taubaté216.671,8Tratamento físico-químico da água por osmose reversa
Curitiba150.304,0Tratamento físico-químico da água
São Carlos31.604,0Tratamento físico-químico e biológico da água
Total1.315.011,8

1. Após o tratamento físico-químico e biológico, a água utilizada nas fábricas é avaliada com base na Demanda Bioquímica por Oxigênio (DBO), parâmetro padrão de análise da qualidade de efluentes no setor automotivo. Em 2020, os resultados de DBO obtidos nas fábricas da Volkswagen do Brasil foram: Taubaté, 2.563,95kg/ano; São José dos Pinhais, 2.079,06kg/ano, e São Carlos, 759,32kg/ano. Os valores encontram-se dentro do limite estipulado na Legislação Ambiental Vigente.

Disposição de resíduos não perigosos (t)

(GRI 306-2)
201820192020
Reutilização11,82241,3895,5
Reciclagem78.487,6085.172,3455.055,2
Compostagem531,83346,13260,9
Recuperação (incluindo recuperação de energia)1.075,531.395,342.215,2
Aterro2.500,305.617,06501,2
Total82.607,0892.772,2558.128,0
Disposição de resíduos perigosos (t)
(GRI 306-2)
201820192020
Reutilização0,1211,330
Reciclagem874,94331,381.036,5
Recuperação (incluindo recuperação de energia)3.344,984.568,622.670,2
Incineração (queima de massa)2,75134,562,9
Aterro146,5389,360
Armazenamento no local00,151.461,51
Total4.369,325.135,43.709,62
Em 2020, o indicador de resíduos produtivos destinados para aterro por veículo produzido atingiu seu melhor resultado, chegando a uma redução em relação ao valor de 2010 de 86%. O índice de reciclagem ficou acima de 98%, com a maior parte dos resíduos sendo reciclados ou reutilizados.